...de coração, pois o pai de um amigo faleceu na manhã de ontem. O pai do Paulinho, Nadjane, Viviane, marido da irmã Nadia, alguns podem conhecer... Eu prefiro acreditar que, SEMPRE, Deus sabe o que faz... Todos estavam envolvidos, orando pela restabelecimento da saúde dele, contudo Deus preferiu levá-lo...
Tenho pavor a este tipo de assunto, mas ao iniciar lembrei que este também faz parte da caixinha de lembranças que nos dá tanto medo. Não sei explicar o porque, mas prefiro me afastar de assuntos tristes, principalmente quando não posso ajudar a resolver...
Só me lembro de ter ido duas vezes em cemitérios, uma fora no enterro de uma recém nascida, filha do irmão Roque daqui de Salvador (que mudou-se para Teixeira de Freitas), lembro-me como se fosse hoje, um caixão pequeno, branco, o caminho para o cemitério de chão, portões velhos e caveiras na porta do cemitério...
As caveiras, eram por que era um cemitério desses de grátis, axo, e ao passar um tempo eles tiravam as caveiras para ocupar o espaço com outros defuntos...
A outra vez que visitei um cemitério foi aos 10 anos. Fazia parte dos “Arautos do Rei”, um grupo tipo desbravadores criado pelo irmão Edivaldo Remigio (infelizmente este saíra da igreja...), era dois de novembro e estávamos no cemitério para distribuir folhetos. Eu e meu amigo Edivildo Remigio, nos desgarramos do restante do grupo e derrepente me vi sozinho, olhei para os lados e o vi entrando em um tipo de salão cheio de pessoas...
...Entrei e logo o avistei, do outro lado do circulo... passei a perceber que estavam todos em torno de um caixão e ouvi conversas dizendo que o pobre coitado tinha sido vitima de um tiroteio. Ele recebera um tiro na perna... e morreu?
Mas não foi por causa disso que ele morreu, foi porque quando ele caiu bateu com a cabeça no meio-fio, e isto sim o levara à morte.
Saí em disparada ouvindo esta conversa, tão atordoado que nem sabia para que lado estava indo, derrepente deparei-me com o caixão, de cara com o morto, percebi que ainda não tinha nem saído de dentro do salão e vi o porque o rapaz tinha morrido (quase com a cabeça dentro do caixão) notei que seu pescoço estava quebrado...
Foi o suficiente para passar as semanas seguintes tendo pesadelos, sem freqüentar quartos, cozinha ou banheiro sozinho... abandonei minha coragem e até hoje tenho seqüelas... já faleceram parentes meus, avó, bisavó, pai de um grande amigo, o Tito James, e nem por isso pisei os pés novamente em um cemitério, muito menos ver o morto...
“Gostaria de ter você só por um momento...
... chamado para sempre!”.
Deixando de falar de medos...
Gostaria de dizer a mais pura verdade de que as pessoas não se tornam especiais pelo modo de agir ou de ser, mas sim pela profundidade com que atingem nossos sentimentos! Acordei também inspirado, e mais uma vez admitindo que o mundo é uma caixinha de surpresas e que ele, ainda assim, sempre volta ao início, pois este nunca sairá de lá.
Todos sabemos que devemos tomar cuidado com o coração, pois ele volta e meia intenta aprontar conosco, não é verdade? Pois é, meu coração está voando a alguns meses (será que está mesmo?), mas tenho medo de pousar e ser saqueado mais uma vez... essas mulheres tem a sorte de encontrar um namorado tão dedicado e carinhoso quanto eu e ainda esnobam, quando não, exploram...
Quando não é isso é a vida que nos maltrata nos fazendo dar voltas em torno de nos mesmos enquanto pensamos que estamos avançando...
Gostei muito do que uma amiga me falou um dia desses: “Edy, elas não te merecem, você sabe ser discreto, encantador e incrivelmente sexy, um sonho!”
Sem comentários...
Cat, Forever.